Segundo Câmara Cascudo (Geografia
dos Mitos Brasileiros, “Ciclo dos Monstros”) o Capelobo é um animal
fantástico, de corpo humano e focinho de anta ou de tamanduá, que sai à noite
para rondar os acampamentos e barracões no interior do Maranhão e Pará.
Denuncia-se pelos gritos e tem o pé em forma de fundo de garrafa. Mata cães e
gatos recém-nascidos para devorar. Encontrando bicho de porte ou caçador,
rasga-lhe a carótida e bebe o sangue. Só pode ser morto com um tiro na região
umbilical. É o lobisomem dos índios, dizem. No rio Xingu, certos indígenas
podem-se tornar capelobos.
Já segundo Lendas do Maranhão, de Carlos de Lima, o capelobo
parece-se com a anta, mas é mais ligeiro do que ela, e tem cabelos longos e
negros e as patas redondas. Sua caçada é feita à noite, quando sai em busca de
animais recém-nascidos para satisfação de sua fome inesgotável. Se apanha
qualquer ser vivente, homem ou animal, bebe-lhe o sangue com a sofreguidão dos
sedentos. Fonte: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Em Jupiro e o Mundo dos Encantados,
os capelobos são uma raça de seres humanoides, inteligentes e capazes de
assumir a aparência dos seres humanos e com eles se relacionarem. Seus ancestrais selvagens se embrenhando nas matas escuras e
intransponíveis, perderam o contanto com os seres humanos, tornando-se com o
passar do tempo cada vez mais selvagens e sanguinários, muito próximos ao que
as lendas sobre eles mencionam.
Os capelobos habitantes de Xuclotal, um dos reinos do Mundo dos Encantados, entretanto, tornaram-se criaturas civilizadas e de modos extremamente diferenciados. Em contato com os seres humanos, a eles se associaram afetivamente, mesclando seus genes, criando híbridos. Passaram a viver a maior parte de suas vidas ostentando a forma humana, pois transmorfos por natureza, eles têm a facilidade de se passarem facilmente por humanos. Uma raça guerreira e culta, que aprendeu a apreciar a beleza da forma humana e, por conseguinte, abdicar da própria aparência natural. Mas a selvageria original de seus antepassados não deixaria facilmente suas índoles e eles aprenderiam com o passar do tempo, a identificar nos seres que habitavam uma região próxima, os seus piores inimigos: os guarás,voltando a essas criaturas todo o seu furor.
Os capelobos habitantes de Xuclotal, um dos reinos do Mundo dos Encantados, entretanto, tornaram-se criaturas civilizadas e de modos extremamente diferenciados. Em contato com os seres humanos, a eles se associaram afetivamente, mesclando seus genes, criando híbridos. Passaram a viver a maior parte de suas vidas ostentando a forma humana, pois transmorfos por natureza, eles têm a facilidade de se passarem facilmente por humanos. Uma raça guerreira e culta, que aprendeu a apreciar a beleza da forma humana e, por conseguinte, abdicar da própria aparência natural. Mas a selvageria original de seus antepassados não deixaria facilmente suas índoles e eles aprenderiam com o passar do tempo, a identificar nos seres que habitavam uma região próxima, os seus piores inimigos: os guarás,voltando a essas criaturas todo o seu furor.
Vejamos o que diz uma mulher capeloba
no livro : Jupiro e o Mundo dos
Encantados
(Parte I Moara – capitulo
XV A História de Quetzal):
— Capelobos são outros seres ou pessoas, pois, se relacionam com elas, falam como elas e se apaixonam também por elas. Como os homens, existem aqueles que são ruins e os que não são. Não nego que em alguns momentos de minha vida teria sido mais fácil se eu fosse totalmente humana como vocês. — Aqueles que ainda não sabiam que Tapira era um capelobo se olharam assustados. Diante deles a mulher deixara se revelar. Seu rosto adquirira uma aparência mista de mulher e anta. Em seguida voltando à forma humana, prosseguiu: Meu pai era um capelobo, minha mãe, humana. Não nego que haja muitos capelobos selvagens e ferozes, estes se distanciaram do contato com os homens. Vivendo nas profundezas das matas, passaram a agir como feras.
Os guarás, lobos gigantes de Popalla, a
primeira vista, poderiam ser considerados homens lobos ou lobisomens e com eles
confundidos. Mas trata-se de uma raça de valentes guerreiros, que também tendo
a capacidade de transformar seus corpos, oscilam entre a forma humanoide e a
lupina, que seria a do lobo guará, propriamente dita. Os guarás seriam o
inverso do lobisomem, pois ao inverso deste, não são homens que adquirem a
forma de uma fera, mas de lobos que assumem a forma de homens, ou quase homens. Nessa forma viveriam a maior parte do tempo quando em suas casas, em
suas aldeias ou cidades típicas, desenvolvendo as mais diversas atividades. Quando na mata, correriam livres e destemidos pela
floresta, na forma de genuínos lobos.
Habitantes de Popalla, o Reino dos Guarás, aprenderam a
conviver pacificamente com outros seres do Mundo dos Encantados, incluindo as
mulheres abelhas da Colmeia, os botos e as ninfas de Nhandeara, o Reino das
águas de Iara. Seus inimigos, como já mencionado, seriam os capelobos, que astutos, por diversas
vezes tentaram tomar-lhes o reino e escravizar a sua raça. Também jamais se
sentiram confortáveis com os homens serpentes, habitantes do Vale de M’Boi, região
governada pelo sinistro Boiuna, o pai das cobras. Mas isso é história para
outra ocasião.
Soldado Guará na forma humanoide.
No livro Contos Sinistros (Alexandre Menphis — Amazon) o conto intitulado: O Guará Negro relata a história de Potyara, uma jovem indígena que é perseguida e molestada por uma horrível criatura parecida com um lobisomem. Na verdade, um ser humano possuído pelo espírito de um Guará Negro, um híbrido de lobo-guará com Capelobo e voltado totalmente às forças trevosas.
Abaixo , segue um
trecho , incluindo a descrição do que seria a fera terrível:
"Um grito interrompera a fala do chefe, diante dos
olhares atônitos, o homem começou a modificar sua aparência. As orelhas
começaram a crescer e tufos de pelos negros cobriram seu corpo. Era um quadro
aterrador. A gritaria fora geral. A criatura se esticava e se contorcia. Uma
baba descia pela boca, que se escancarara em proporções assustadoras e olhos
vermelhos sanguinolentos pareciam que iriam saltar da face. Tufos de pelagem
vermelha cingiam-lhe o pescoço, formando uma espécie de juba que descia pelas
costas até a cauda. O corpo do xamã havia triplicado de tamanho. Era agora uma
fera dantesca e assustadora, o Guará Negro."
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